A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO JD. PIAZZA DI ROMA, encaminhou vários ofícios à Prefeitura cobrando a continuidade das obras da Vila Dignidade, em respostas os órgão responsáveis justifica que para abrir nova licitação para contratar uma outra construtora depende da rescisão de contrato firmado entre a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) e a Construtora Senal Engenharia, empresa que venceu a licitação.Que paralisou as obras por que seriam necessários "ajustes" para a execução da obra, mas não informou que tipo de ajustes seriam esses.
Continuaremos cobrando, até vermos toda esta situação resolvida e os merecedores habitando os lares da Vila Dignidade.
Obras da Vila Dignidade estão paradas
há 19 meses
Apenas terraplanagem e muros de arrimo foram executados parcialmente
Míriam Bonoramiriam.bonora@jcruzeiro.com.br
Prometida pelo Governo do Estado para ser entregue em setembro do ano passado, as obras para a construção do residencial Vila Dignidade estão paradas há 19 meses, desde fevereiro de 2013. Apenas a terraplanagem e a construção dos muros de arrimo foram executados parcialmente, no terreno de 4 mil metros quadrados que fica na rua Antônio Dias da Pala, no Jardim Tulipas, zona oeste da cidade. Abandonado, o espaço está sendo usado para o consumo de drogas.
O Vila Dignidade é um programa habitacional do governo estadual voltado aos idosos de baixa renda das cidades paulistas. O projeto do residencial em Sorocaba prevê a construção de 20 casas com acessibilidade e adaptadas às necessidades dos que possuem 60 anos ou mais. As obras começaram em outubro de 2012, mas a Construtora Senal Engenharia, que venceu a licitação, abandonou a obra quatro meses depois, alegando que seriam necessários "ajustes" para a retomada do trabalho, sem dar mais detalhes.
Desde maio de 2013, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) tenta uma rescisão unilateral do contrato e a aplicação de penalidades previstas no contrato. A companhia informa que esse procedimento legal foi contestado pela construtora, que entrou com recurso judicial. "Independente da ação, a CDHU analisa uma nova proposta para encerrar unilateralmente o contrato", diz, em nota.
A expectativa da CDHU é que a rescisão seja oficializada ainda neste mês e que em seguida seja publicado um novo edital de licitação. Com o problema, a obra que iria custar R$1,6 milhão aos cofres públicos agora tem previsão de R$2,2 milhões para o novo contrato a ser assinado, sem alterações no projeto. Segundo a CDHU, foram pagos à Senal Engenharia apenas pelos serviços executados, que correspondem a 1,7% do projeto.
Uso de drogas
Abandonado e cercado por muros baixos, o terreno onde será construída a Vila Dignidade tornou-se um espaço utilizado por usuários de drogas. Do lado de dentro do terreno, próximo a uma área onde o muro fica mais acessível para ser pulado, a reportagem constatou a presença de dois colchões, uma cadeira de praia, roupas, um sutiã, mochila, chinelo, brinquedos infantis, uma sombrinha e dois tubos plásticos em formato de cachimbo. Do lado externo do terreno também são encontrados entulho, lixo doméstico e sinais de que algo foi queimado no local.
Moradores do bairro, que preferiram não se identificar por medo dos usuários de drogas, afirmaram que o local vem sendo usado pelos viciados há pelo menos seis meses. Um proprietário de um imóvel no entorno conta que os usuários também se escondem nas "valas" formadas entre o muro e o entorno do terreno, onde há terra e grama. Eles relatam que os usuários fazem uso principalmente de crack e que chegam no final da tarde. "Eu sei que tem gente que se mudou do bairro por causa disso", relata uma moradora.
A Prefeitura não respondeu se tem conhecimento desse ponto de uso de drogas e se já realizou visitas ao local, apenas informou que equipes da Abordagem Social da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) "normalmente" acompanham as ações de coleta de resíduos como entulho, feitas pelo Setor de Fiscalização. O objetivo seria identificar os pontos de maior vulnerabilidade e oferecer serviços aos munícipes que possam ser encontrados nesses locais, garantindo a integridade física e direitos das pessoas em situação de vulnerabilidade. A Sedes enfatiza que não retira as pessoas contra sua vontade do local onde se encontram.
"Apesar destas ações ocorrerem periodicamente e em todo o território municipal, pode acontecer de não serem identificados alguns pontos. No entanto, sempre que a população entra em contato e apresenta a demanda, as equipes da Abordagem Social prontamente realizam a busca ativa, com a oferta de serviços, e o Setor de Fiscalização, dentro de uma agenda pré-definida, realiza a retirada dos entulhos", diz a resposta da Prefeitura, por meio do Serviço de Comunicação (Secom).
Sobre a possibilidade de intervir no local para evitar a entrada de usuários no terreno e sobre a limpeza do entorno, a Prefeitura diz que: "Com relação às obrigações em manter o espaço limpo com tapumes, isso se dará com o início das obras. Enquanto isso, a Prefeitura de Sorocaba efetivará a limpeza da área até que se inicie a construção do empreendimento", respondeu em nota. Não foi informado quando foi feita a última limpeza no local, nem mesmo qual periodicidade desta ação.
Notícia publicada na edição de 05/09/14 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 009 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.
Nenhum comentário:
Postar um comentário